11 de maio de 2019 às 18:30h na ACERT

Parceria entre a POLDRA, a ACERT e o Município de Tondela, no quadro do POLDRA TALK #03

Uma oportunidade de ouvir um dos investigadores mais conceituados no domínio da Arte Participativa, num espaço em que referencia do binómio Arte/Participação em Portugal.

Quatro décadas a fazer, acompanhar e investigar arte comunitária em cerca de 40 países culminam nestas "Reflexões sobre o triunfo e importância da prática participativa" de François Matarasso.

Com base em entrevistas a artistas e visitas a projetos de arte participativa em Portugal, Espanha, França, Grécia, Holanda, Sérvia, Alemanha, Bélgica, Bósnia Herzegovina, Marrocos, Finlândia, Lituânia e Grã-Bretanha, o livro Uma Arte Irrequieta debruça-se sobre a evolução da arte comunitária e participativa nos últimos cinquenta anos, traçando a sua história desde as raízes até aos dias de hoje.

François Matarasso parte de uma visão da arte participativa como espaço democrático de descoberta, compreensão e partilha de experiências, e procura analisá-la e interpretá-la à luz da prática contemporânea, apontando as valências e as dificuldades desta arte irrequieta, onde artistas profissionais e amadores se cruzam entre diferentes territórios, disciplinas, fronteiras e conceitos. "Uma aventura estimulante, por vezes difícil", assim descreve o autor o processo de escrita deste livro que, afirma, "é como que um diálogo entre a prática corrente e a experiência passada, os artistas de hoje e os da [sua] geração, as ideias emergentes e as já testadas".

O livro foi apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e tem uma versão inglesa e portuguesa.

François Matarasso trabalha em projetos de arte comunitária desde 1981, enquanto artista, produtor, investigador, escritor e formador. Os seus livros e publicações sobre projetos sociais de participação artística, assim como sobre história, teoria e prática da arte comunitária são uma referência na área da arte participativa, do trabalho artístico com comunidade e do impacto que esse trabalho tem a nível social. Matarasso tem colaborado com diversas organizações, fundações e instituições públicas que promovem a atividade artística e cultural na comunidade, em cerca de 40 países, e é um forte defensor dos direitos de acesso à arte e à cultura. Mais informações sobre o seu trabalho podem ser encontradas em arestlessart.com.