QUA fora de cena Bicicleta de recados Pequeno divertimento poético para três Bicicletas O ponto de partida estabelece-se na morada dos poetas: No Portugal de Manuel Alegre, Álvaro de Campos, Alexandre ONeill No Brasil de Manoel de Barros Manuel Bandeira Adélia Prado... Enfim cruzando percursos dos do português.
QUA
fora de cena
Calendarização
qua
Bicicleta de recados
Um espectáculo onde o importante é surpreendermo-nos com o sentido das palavras.
Ainda e sempre.
Dizê-las com ironia, alegria, tranquilidade e raiva preservando a sua autonomia.
Partilhar, com quem ouve, o universo da linguagem através do universo da criatividade.
Onde “estrela” pode ter biliões de imagens.
E dizê-la ou ouvi-la pode criar uma nova imagem ainda.
Ou mais uma estrela.
Uma nova estrela na vasta imensidão do universo das palavras.
O que te lembra uma bicicleta?
È um meio de transporte.
É o antes da mota e o depois do triciclo.
É viagem. É o campo, os passeios e os piquenics.
É para o transporte de pão.
É para ir à mercearia e dar um passeio à noite pela cidade.
É o cesto à frente, são rodas grandes e pequenas, os aros das rodas, a bomba de ar, o selim e os pedais, o cadeado e a corrente.
É o circo e os equilibristas.
É o dínamo que dá luz e um James Dean a pedalar para dar luz ao ecran.
É a liberdade de andar com o vento na cara e os olhos a chorarem por causa dele.
É uma viagem a amesterdão, à Nazaré e a Aveiro.
É gente de preto em dia de feira.
São os filhos no cesto de trás ou da frente.
É a infância, o ar livre, sol e chuva na cara.
É velocidade a descer e esforço a subir.
É derrapagem na areia, as calças com manchas de óleo, os esfolões no joelhos´e o nariz partido.
É a lama, é a lama.
É fazer cross nos degraus e fazer um cavalinho.
É o Natal e as prendas. É um vão de escada porque a minha estava sempre lá.
É o carteiro, o amola-tesouras e o meu irmão. O boné e os calções.
É um furo no pneu e os remendos de borracha.
Um mosquito no olho.
São as corridas e os meus amigos.
São os pirilampos no Verão
E recados?
Mensagens, notícias frescas, namoro-escola-infância, austeridade, raspanete, compras, vizinhos, mercearia, supermercado, vizinhos, família, troca, papel, avó.
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Ficha técnica e artística
Texto – Poemas de: Adélia Prado, Alberto Caeiro, Alberto Pimenta, Alda Pereira Pinto, Alexandre O’Neill, Álvaro de Campos, António Ramos Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Eugénio de Andrade, Fernando Assis Pacheco, José Carlos Ary dos Santos, José Gomes Ferreira, José Jorge Letria, Manoel de Barros, Manuel Alegre, Manuel Bandeira, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Maria Teresa Horta, Paulo Cid, Rosa Alice Branco, Ruy Belo e Vinicius de Morais
Dramaturgia Carla Torres
Encenação Carla Torres e Pompeu José
Assistência de encenação Gil Rodrigues, Ilda Teixeira, Raquel Costa e Sandra Santos
Interpretação Carla Torres, José Rosa e Pompeu José
Vídeo Marta F. Silva, Pompeu José, Zito Marques e Sandra Santos
Participação Vídeo Afonso Cortez, André Melo, Carlos Arede, David Viegas, Gustavo Arede, Ilda Teixeira, João Bruno, José Rosa, Marta Fernandes da Silva, Miguel Torres, Paula Coelho, Rui Sérgio, Rute Lourinho, Ruy Malheiro, Sara Seabra, Solange Frazão e Vera Silva
Cenografia Marta Fernandes da Silva e Zétavares
Música Fran Pérez e Neno Escuro
Músicos Brian Carvalho, Fran Pérez e Neno Escuro
Figurinos Ruy Malheiro
Desenho de Luz Luís Viegas
Técnicos Cajó Viegas, Luís Viegas e Paulo Neto
Construção de Cenário Marta Fernandes da Silva e Rui Ribeiro
Apoio Montagem Hugo Neves, Rui Coimbra, Sílvio Santos e Vítor Sousa
Desenho Gráfico Zétavares
Fotografia Carlos Teles
Produção Trigo Limpo teatro ACERT
Catálogo Daniel Abrunheiro
Agradecimentos Amolador, Jorge Oliveira, Nuno Cash, Manuela Barros Ferreira, Tipografia Tondelgráfica, Ourivesaria Arnaldo, Santa Casa da Misericórdia de Tondela