QUI fora de cena Antevôo da Passarola Trigo Limpo teatro ACERT A construção de uma “máquina de andar no ar” ou a concretização do sonho de voar? Uma viagem pelo imaginário de José Saramago…
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Antevôo da Passarola
O Trigo Limpo teatro ACERT tinha previsto estrear em 2020 “A Passarola”, um espetáculo de teatro de rua com participação comunitária, numa versão teatral livre de “O Memorial do Convento” de José Saramago, prosseguindo a parceria estabelecida com a Fundação José Saramago na criação do espetáculo “A Viagem do Elefante”.
Na impossibilidade de realizar o espetáculo como o tínhamos previsto, devido à pandemia, e uma vez que já tínhamos dado início ao processo de criação, vamos apresentar no FINTA uma antevisão do espetáculo no Auditório 1 do Novo Ciclo Acert.
Esta antevisão é apresentada em sala, pela companhia do Trigo Limpo Acert mais alguns atores e músicos convidados, numa leitura encenada onde são apresentadas as ideias base da versão de rua.
Do romance O Memorial do Convento, nesta história, fica em fundo a promessa do rei mandar construir um convento se a rainha engravidar. A história principal desta narrativa é o encontro improvável do padre Bartolomeu de Gusmão, Baltazar Sete-sóis, Blimunda Sete-luas e Domenico Scarlatti. No centro, a construção, a montagem e a viagem da Passarola. Em paralelo com a construção do convento de Mafra. E Blimunda, sozinha, depois de “recolher” a última vontade, a de Baltazar. Tudo isto durante o reinado de D. João V e a presença da Inquisição em Portugal.
Neste romance de José Saramago, o padre visionário acredita que a “máquina de andar no ar” que imaginou vai permitir que os homens voem. E que, para construir a sua Passarola, e para que ela possa cruzar os céus, precisa da força de Baltasar Sete-sóis, da música de Domenico Scarlatti e dos poderes de Blimunda Sete-luas, que consegue recolher as vontades humanas que, como éter, colocarão a Passarola acima da Terra.
Neste espetáculo, aproximamo-nos um pouco mais desse homem que ficou conhecido na história como o “padre voador”. Foi a partir da narrativa ficcional do livro de José Saramago que o Trigo Limpo teatro ACERT criou uma dramaturgia centrada nos momentos com maior capacidade de teatralização relativos à história da construção, viagem e final trágico da “máquina de andar no ar”.
Uma viagem pelo imaginário de um romance que cruza a megalomania e o egoísmo dos poderosos com a imaginação e a inventiva dos visionários e a força e o engenho da gente simples.
“Era uma vez um Rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez…”
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Ficha técnica e artística
Texto: versão teatral livre a partir de “Memorial do Convento” de José Saramago
Dramaturgia: Pompeu José e Raquel Costa
Encenação: Pompeu José
Assistência de encenação: Raquel Costa
Interpretação: António Rebelo, Daniela Madanelo, Daniel Nunes, Ilda Teixeira, Inês Pereira, José Rui Martins, Pedro Barbosa, Pedro Sousa, Pompeu José e Sandra Santos
Cenografia: Nico Nubiola e Zé Tavares
Adereços: Marta Fernandes da Silva
Figurinos: Miss Suzie
Música: Gustavo Dinis
Músicos: Gustavo Dinis, Miguel Cordeiro, Miguel Martins e Filipe Matos
Luz: Paulo Neto
Som: Luís Viegas
Desenho gráfico: Zé Tavares
Produção: Marta Costa e Rui Coimbra
Fotografia: Carlos Teles, Rui Coimbra e Zé Tavares
Vídeo: Zito Marques
137ª Produção do Trigo Limpo teatro ACERT
Estreado no dia 12 de novembro de 2020, no 26ª FINTA, no Novo Ciclo ACERT