QUI fora de cena A caixa preta Texto de José Eduardo Agualusa e Mia Couto José Eduardo Agualusa e Mia Couto repetem a experiência de escrever em parceria para a Companhia ACERTina, numa criação elaborada a partir do conto Eles não são como nós, do primeiro autor.
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A caixa preta
O Trigo Limpo teatro Acert estreou, na abertura do FINTA 2010 – Festival Internacional de Teatro Acert, um novo espectáculo de teatro com as três actrizes da Companhia, Ilda Teixeira, Raquel Costa e Sandra Santos, baseado num texto, escrito a propósito, por José Eduardo Agualusa e Mia Couto.
O percurso criativo do Trigo Limpo é marcado pela adaptação de alguns textos de Mia Couto de que resultaram os espectáculos de teatro: “à roda da noite” em 1993, “Vinte e Zinco” em 1999, “O que a Mia disse ao Couto” em 2000 e “Miango” em 2004. Daqui surgiu uma relação muito especial com o escritor e o seu país natal, Moçambique, que hoje se estende a todos os pontos cardeais e envolve um grande número de pessoas.
José Eduardo Agualusa conheceu o trabalho da ACERT na sequência de um convite para participar numa das edições do Festival d’ Agosto, em Maputo, dando início a uma proximidade que não mais parou de crescer.
Desta teia de relações José Eduardo Agualusa e Mia Couto fizeram, em 2007, a primeira experiência de escrita a duas mãos com “Chovem amores na Rua do Matador”, um texto inédito escrito para o Trigo Limpo teatro Acert no âmbito do projecto Interiores. Mia Couto referiu na altura, para o catálogo do espectáculo:
“(…) Para nós a escrita é fonte de encantamento, um brinquedo para a fabricação de outros que somos nós. Ambos lutamos para despir a literatura das suas vestes solenes e do seu tom sério e cinzento. Escrevemos para reconquistar a ingenuidade da infância, para surpreender a palavra no seu estado de infância.
Fui tudo isso que fizemos com este texto a duas mãos. Mais do que produzido a duas mãos, foi feito a duas almas. (…)”
Em 2009 o Trigo Limpo estreia “Vila Cacimba”, adaptação a teatro do romance de Mia Couto “Venenos de Deus, Remédios do Diabo”.
Entretanto ao convidarmos José Eduardo Agualusa a escrever um novo texto para o Trigo Limpo ele prefere repetir a parceria com Mia Couto e propõe-nos escreverem, mais uma vez a duas mãos, uma dramaturgia a partir de um conto seu, “Eles não são como nós” do livro “Fronteiras Perdidas – contos para viajar”. A ideia é, subvertendo o conto, criarem um texto sobre a necessidade, ou não, do esquecimento. E sobre as muitas máscaras que cada um de nós utiliza.
José Eduardo Agualusa referia aquando de “chovem amores…” que “(…) Trabalhar com o Mia foi como conversar com ele, muitíssimo divertido e gratificante. Nem sei se a isto se pode chamar trabalho. Não por certo segundo a acepção original da palavra (que significava torturar alguém com um tripalium, um instrumento com três pés).
Eu chamo-lhe amizade.”
O Trigo Limpo teatro Acert tem assim o privilégio de apresentar um espectáculo baseado num texto de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, dois amigos e dois dos mais importantes escritores de língua portuguesa.
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Ficha técnica e artística
88ª Produção do Trigo Limpo teatro Acert
Texto José Eduardo Agualusa e Mia Couto
Dramaturgia e Encenação Pompeu José
Interpretação Ilda Teixeira, Raquel Costa e Sandra Santos
Cenografia Zétavares
Desenho de Luz e Sonoplastia Luís Viegas
Técnico de luz e som Paulo Neto
Figurinos Colectivo
Adereços João Nascimento
Carpintaria Carmosserra
Fotografia Carlos Fernandes e Zetavares
Registo vídeo Zito Marques
Produção Marta Costa
Estreia - 30 de Novembo de 2010
Espectáculo de Abertura do 16º Finta