HORA VAZIA

A cada hora que passa, quantas escolhas fazemos? Quantas delas determinam o curso da vida? Quantas gostaríamos de adiar? Quais nos assustam? Como afeta esse medo a escolha que faremos a seguir?

“Hora Vazia” convida o público a uma imersão sensorial e introspetiva, num espetáculo que explora a natureza do destino e do livre-arbítrio. A performance desdobra-se numa sequência de quadros que evocam a complexidade da condição humana, trazendo para palco cenas mundanas, mas carregadas de simbolismo. Com uma linguagem visual e auditiva única, o espetáculo agrega várias disciplinas performativas, enquanto propõe uma reflexão sobre a natureza das nossas escolhas, as nuances da memória e a procura incessante por significado. Uma experiência que tenta desafiar os limites da perceção e que convida os espectadores a momentos de meditação contemplativa.

Sobre o projeto:

O projeto “META MAGIC”, criado por José Pereira, é uma plataforma de mostra, formação, criação e pesquisa, dedicada ao Ilusionismo Moderno ou Magie Nouvelle, uma nova corrente artística do ilusionismo que nasce do cruzamento de várias linguagens artísticas como o teatro, a música, as artes plásticas, a dança, o malabarismo, e, claro, o ilusionismo. 

Desenvolvido ao longo do último ano, “Hora Vazia” é o primeiro trabalho de Ilusionismo Moderno criado em Portugal. Esta corrente artística surge em França e oficializa-se em 2010 no CNAC - Centre National des Arts du Cirque, onde é criada a primeira licenciatura. 

José Pereira, coordenador artístico do “META MAGIC”, tem vindo a desenvolver o seu interesse pelo ilusionismo moderno ao longo dos últimos anos, tendo aprofundado a sua investigação desta linguagem, que transpôs para os seus espetáculos como criador e intérprete, nomeadamente nos espetáculos que integra ou para os quais fez consultoria artística: “Nós – Isto é o Meu Corpo”, “Farinha”, “Magie Nouvelle”, “GABO”, “ERA UMA VEZ UM HOMEM”, “SOU EU?” e “Um homem desocupado”.

O conceito – Hora Vazia

William Shakespeare fala-nos da quarentena que fechou os teatros de Londres. Contava que nesse período via a escrita como uma forma de "fazer algo dessa hora vazia e manter o lobo afastado da porta." 

A pergunta ficou em mim: Como fazer algo desta “Hora Vazia”? 
Aqui, a utopia ganha relevância. Como dizia Eduardo Galeano: Para que serve a utopia? Porque ela está sempre no horizonte; quanto mais nos aproximamos, mais ela se afasta. Quanto mais a procuro menos a encontro. Sempre que caminho dez passos ela afasta-se dez passos. Sei que nunca a alcançarei. Ela afasta-se sempre. 
Para que serve?
Serve para isso mesmo. Caminhar.
Tanto Shakespeare quanto a ideia de utopia lembram-nos que, em tempos de incerteza, o importante é mantermo-nos em movimento.

José Pereira

Projeto: Meta Magic

Criação e Interpretação: José́ Pereira (Zé Mágico)

Apoio à Criação: Leo Calvino

Assistente de Cena: Tiago Peres

Apoio à encenação e à dramaturgia: Nuno Pino Custódio

Texto: Leandro Morgado 

Apoio ao Movimento: Joana Couto

Som ao vivo: Joana de Sá

Vídeo Art: Alexandre Guerreiro

Maquinaria: António Quaresma

Design: Zetavares

Desenho de Luz: João Alegrete, José Pereira e Leo Calvino

Técnico de Luz: João Alegrete

Técnico de Som: Tomás Gamboa

Figurino: Rafaela Ciríaco 

Acessórios de Cena: Atelier EN2 (Diogo Fernandes)

Máscara: Sandra Neves

Eletrónica: Tiago R. Figueiredo

Vídeo e Fotografia: Pedro Vieira

Financiamento: Município de Viseu, Eixo Cultura

Coprodução: Teatro Virgínia, Novo Ciclo ACERT, Casa Varela 

Apoio: ESTE – Estação Teatral, 23 Milhas, República Portuguesa

Agradecimentos: Às equipas do Teatro Vírginia, Casa Varela, ACERT, Teatro Viriato, Denis e Sofia (Mochos no Telhado), Vanessa Amaral (Facies Identidade), Liliana Rodrigues, Luís Belo, Rui Macário, Nuno Rodrigues e Helena Barbosa (Por serem pessoas com opiniões.)