SÁB finta Diz a verdade ao poder Vozes do outro lado da escuridão - Bonifrates Grupo de Teatro Testemunhos de casos reais de violação de Direitos Humanos e de protagonistas que lutaram pelos mesmos.
SÁB
finta
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Diz a verdade ao poder
DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
Os corpos que veiculam estas vozes, ou estiveram pessoalmente expostos à violência ou foram testemunhas dessa violência sobre outros seres humanos, grupos, ou nações. Alguns viram os próprios pais, filhos ou esposas serem violentados e levados durante a noite. Outros viram crianças serem transformadas em soldados e forçadas a matar. Cada um deles viu coisas intoleráveis: um homem morto por causa da cor da sua pele ou da cor das suas opiniões, pessoas levadas para cubículos fechados e executadas a sangue frio, soldados a apontar armas a populações, mulheres odiadas por causa das suas opções sexuais. Viram propriedades ancestrais serem roubadas aos seus proprietários, florestas a serem devastadas, línguas maternas a serem proibidas. Viram livros a ser censurados, amigos sujeitos a tortura, jovens a ser escravizados. Viram advogados a ser presos e exilados por defenderem vítimas de violência. E, então, alguma coisa aconteceu. Algo extraordinário e quase maravilhoso. As pessoas encontraram um meio de falar, decidiram que não podiam viver consigo próprias se não fizessem nada, que não podiam continuar as suas vidas se permanecessem caladas. E à medida que começaram a falar, descobriram que não a violência, mas o medo, começou a desaparecer lentamente. Quando falaram e descobriram que outros faziam percursos semelhantes, que havia outras vozes, umas perto e outras longe, descobriram as diferentes maneiras de dominar o medo, em vez de deixar que fosse o medo a controlá-las.
Os autores
ARIEL DORFMAN, escritor chileno-americano, ativista dos direitos humanos, é um distinto professor da Universidade de Duke, tendo escrito livros em espanhol e inglês atualmente traduzidos em mais de 40 línguas. Às suas peças de teatro, encenadas em mais de 100 países, foram atribuídos inúmeros prémios, incluindo o Prémio Laurence Olivier (por Death and the Maiden, mais tarde filmado por Roman Polanski). Em julho de 2010 foi-lhe dada a honra de proferir a Lição Nelson Mandela na África do Sul.
KERRY KENNEDY é presidente da Fundação Robert Kennedy dos Direitos Humanos. Desde 1981, dedicou-se a variados temas dos direitos humanos incluindo o trabalho infantil, os desaparecimentos, o direito dos indígenas à terra, a independência judicial, a liberdade de expressão, a violência étnica, a impunidade, os direitos das mulheres e o ambiente. É autora de Speak Truth to Power: Human Rights Defenders Who are Changing our World (Crown Books/ Random House, 2008), que inclui também uma exposição fotográfica e uma peça de teatro de Ariel Dorfman.
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Ficha técnica e artística
Texto: Ariel Dorfman sobre livro de Kerry Kennedy
Tradução: João Paulo Moreira
Encenação: João Maria André
Cenografia e figurinos: Atelier do Corvo/Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Música ao vivo: João Fragoso
Desenho de luz e vídeo: Nuno Patinho
Apoio ao movimento em palco: Leonor Barata
Apoio musical: João Lóio
Cartaz e Programa: Ana Biscaia
Fotografia de cena: Paulo Abrantes
Operadores de luz e de vídeo: Nuno Patinho e Hugo Oliveira
Assistente de cena e produtora executiva: Alexandra Sofia Vieira
Caracterização: Teresa Lopes
Penteados: Ilídio Design, Carlos Gago
Serralharia: Metalmiro
Carpintaria de Cena: Laurindo Marta e Jorge Neves
Costureira: Ilintina Marques
Elenco: Alexandra Silva, Ana Pires Quintais, Cristina Janicas, João Paulo Janicas, João Pedro Gama, José Castela, José Manuel Carvalho, José Nelas, Maria José Almeida, Maria Manuel Almeida, Paula Santos, Rui Damasceno, Vítor Carvalho
Produção da Cooperativa Bonifrates
Apoios: Câmara Municipal de Coimbra e Fundação Calouste Gulbenkian