POEMAS VISUALES

Poemas Visuais é um espetáculo repleto de ternura, que preenche cada canto do palco com um virtuosismo invulgar, fruto de longos anos de trabalho. Em cena, ganham vida um conjunto de letras criadas com extrema simplicidade, mas que exigem grande mestria para que, através da sua manipulação, o gesto se transforme em verso e o verso em emoção.

O espetáculo inspira-se na magia dos poemas visuais do poeta catalão Joan Brossa, apropriando-se do magnetismo do abecedário brossiano — o jogo de letras com que o poeta dava forma à sua poética visual.

A peça começa com um ator-músico que encarna um poeta. Traz consigo uma mala cheia de letras de esponja e começa a brincar com os seus sons e formas, descobrindo que, a partir das letras, pode criar poesia sem precisar de construir palavras.

Com a guitarra e as canções, estabelece uma relação terna com as letras, que ganham vida e criam um universo cheio de personagens, coreografias, humor e ações dramáticas. Demonstra-se assim que as letras não servem apenas para preencher papéis e computadores, mas também podem criar um mundo sensível, de desarmante simplicidade.

As letras, manipuladas com varetas sobre uma mesa, adquirem vida própria e vão-se transformando ao longo do espetáculo: o “E” converte-se num cão que brinca com um menino, o “I”; um “Y” com um “U” dão origem a uma bailarina rítmica; e uma simples “T” transforma-se num trampolinista.

Ao longo dos anos, o espetáculo conquistou diversos prémios, entre eles; o Prémio do Júri no Festival Internacional da Marioneta em Cannes, França, 1995; o Prémio de Melhor Espetáculo na Mostra Internacional de Titelles, Titelles Vall d’Albaida, 1999; o Prémio do Júri no MOMIX – Festival de Marionetas em Kingersheim, França, 2002; o Prémio para o Melhor Espetáculo no Torun International Puppet Theater’s Festival, Polónia, 2002; o Prémio para a Melhor Interpretação no mesmo festival, 2002; e o Prémio do Júri para a Melhor Companhia no mesmo evento, em 2002; Prémio para o Melhor Espetáculo atribuído pela L’Association Culturelle du Théâtre Dofin Argenté, França, em 2007; e o Prémio para a Melhor Interpretação em Varsóvia, Polónia, em 2011.

Autor e Diretor: Jordi Bertran
Criação do espetáculo: Santi Arnal, Karin Schafer,
Toni Zafra, Zilda Torres, Miquel Gallardo e Jordi Bertran
Intérpretes: Isabel Martinez, Eduardo Telletxea* e Jordi Bertran
Figurinos: Ma. Dolors Fernandez
Fotografia: Mireia Margenat
Design Gráfico: Miquel Llach
Produção: Companhia Jordi Bertran

* Em alternância com: Pau Murner, Miquel Nevado, Toni Ubach, David Zuazola e Inés Alarcon.