SÁB teatro Pranto de Maria Parda Teatro Nacional D. Maria II Da Maria Parda de Gil Vicente às Marias Pardas do nosso tempo, num espetáculo que nos confronta com as repetições de que não nos livramos e os preconceitos de que nos rodeamos.
entrada gratuita
SÁB
teatro
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Pranto de Maria Parda
De Gil Vicente
Teatro Nacional D. Maria II
Encenação de Miguel Fragata
Projeto Próxima Cena
Pranto de Maria Parda parte do texto homónimo de Gil Vicente, escrito no rescaldo de um ano devastador e é levado à cena em 2021, no rescaldo de um outro ano devastador. Este espetáculo propõe-se vaguear pelas ruas de Lisboa à escuta da voz daqueles que a cidade escolheu deixar de lado, hoje, como há cinco séculos.
1522: Maria Parda vagueia pelas ruas de Lisboa. Não reconhece a cidade, assolada pela fome e pela seca. Quis Gil Vicente que Maria Parda simbolizasse um ano mau, que fosse mulher e alcoólica e que não tivesse lugar na cidade.
2021: Lisboa está irreconhecível, desfigurada pela gentrificação, pela presença (e ausência) do turismo, pela pandemia. Volvidos quase quinhentos anos, Maria Parda continua sem ter lugar.
A tradição foi insinuando que, da designação Maria Parda, se extraía a ideia de uma mulher negra. Mas em nenhum momento, Gil Vicente parece indicá-lo. Resultará essa conclusão de um preconceito de interpretação e de leitura? Como se olha para este texto com quinhentos anos à luz das questões do racismo e do feminismo, que ele próprio hoje convoca, e que são prementes? Que caminho fizeram este texto, a cidade e Maria Parda - até hoje?
Miguel Fragata fundou e dirige, com Inês Barahona, a Formiga Atómica. Concebeu e encenou os espetáculos atualmente em circulação: Fake , em 2020, numa coprodução com Teatro Nacional D. Maria II, TNSJ e CineTeatro Louletano; Montanha Russa em 2018,numa coprodução Teatro Nacional D. Maria II,TNSJ, Teatro Virgínia; Do Bosque Para o Mundo em 2016, coprodução São Luiz Teatro Municipal, cuja versão francesa
Au-Delà de la Forêt, le Monde, foi coproduzida pelo Théâtre de la Ville de Paris e abriu o 72.º Festival de Avignon, e A Caminhada dos Elefantes em 2013, financiado pela DGArtes, com coprodução Teatro Maria Matos, Teatro Viriato, Centro Cultural Vila Flor e Artemrede, interpretando igualmente as suas versões francesa e alemã, entre outros. Os seus espetáculos têm sido apresentados em teatros e festivais por todo o território nacional, França, Suíça, Bélgica e Alemanha.
3 Perguntas a … Tiago Rodrigues
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Ficha técnica e artística
Texto: de Gil Vicente
Encenação: Miguel Fragata
Interpretaçao: Cirila Bossuet
Música: Capicua, Chullage
Vídeo: João Gambino
Cenografia: F. Ribeiro
Desenho de luz: Rui Monteiro
Figurinos: José António Tenente
Desenho de som: Nelson Carvalho
Captação de Som (vídeo) João Bento
Consultoria José Camões, Mamadou Ba, Naki Gaglo, Marta Araújo, Sílvia Maeso
Técnica e operação: Rita Sousa
Assistência de encenação: Rafael Gomes
Consultoria: José Camões
Produção: Teatro Nacional D. Maria II
O BPI e a Fundação ”la Caixa” são mecenas do projeto Próxima Cena