SÁB multidisciplinar Não Vamos Mudar Nada (Título Momentâneo) de Filipa Duarte e Guilherme Barroso Teatro e dança cruzam-se em palco, experimentando diálogos e interacções em torno do espaço comum que partilhamos no mundo.
SÁB
multidisciplinar
estreia
Maiores de 12
aprox. 60 minutos
Calendarização
sáb
sex
Não Vamos Mudar Nada (Título Momentâneo)
NÃO ACONSELHADO A PESSOAS COM EPILESIA PELO USO DE LUZ ESTROBOSCÓPICA DURANTE A APRESENTAÇÃO.
Aos 18. Aos 30. Aos 45. Aos 60. Aos 70 anos. É assim que termina. Um planeta prestes a implodir. Uma sala de espetáculos prestes a desabar.
Como mudar o mundo? É tentadora a ideia de atentar contra o mundo – seja ele qual for – pode ser aquele cuja humanidade se esqueceu de pensar. Entretanto, surge a dúvida: não andará o desejo de mudança de mãos dadas com sistemas de opressão? É fácil situarmo-nos no que conhecemos enquanto verdade (absoluta), movermo-nos no que consideramos real e passível de existir. E quando chega ao fim? O que resta?
Um atentado prestes a acontecer. Ou um mapa para a revolução interior. Ou um desenho da trajetória da opressão. Ou um ensaio para todos nós, que nos esquecemos de pensar.
Uma enorme explosão, derradeira - onde tudo começa. Aqui. Eventualmente.
Sobre o projeto: Filipa Duarte (Porto) e Guilherme Barroso (Cascais) conheceram-se em 2019, enquanto frequentavam o Programa Avançado de Criação em Artes Performativas, ministrado pelo Fórum Dança, com curadoria de Vânia Rovisco. Ao longo de 6 meses, trabalharam na descoberta de linguagens e interesses comuns, sempre acompanhados pela visão externa dos formadores do curso, como Meg Stuart, Miguel Moreira, Monica Calle, Vera Mantero, Vânia Rovisco, entre outros.
Em julho de 2019, a Culturgest convidou um conjunto de instituições e organizações de ensino artístico para participarem numa residência multidisciplinar. Filipa e Guilherme aproveitaram a oportunidade para pensar no que os unia. A partir de José Mário Branco e do seu FMI, criaram a performance JMB (com colaboração de Pedro Latas) – uma sátira a José Manuel Berardo e à sua audição à Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco. Uma intervenção de guerrilha efetuada no edifício sede da CGD aos poderes instituídos e com o objetivo de deixar os espectadores combalidos com a frágil natureza humana.
Após esta criação, o desejo de continuarem a desenvolver em conjunto obras artísticas tem levado esta dupla a pensar sobre a sua própria existência e subsistência para o conseguirem. A situação de impotência que esta pandemia colocou toda a população leva-os a pensar e a querer explorar estes temas num processo de pesquisa longo a nível textual com Guilherme Filipe e corporal com Francisco Camacho. O realizador Nuno Baltazar irá também participar na criação do espectáculo com a intenção de futuramente realizar um filme que concentre todas as descobertas alcançadas durante o processo criativo.
Calendarização
sáb
sex
Ficha técnica e artística
Cocriação e Interpretação: Filipa Duarte e Guilherme Barroso
Apoio à Criação e Movimento: Francisco Camacho
Apoio à Criação e Dramaturgia: Guilherme Filipe
Composição Visual: Miguel Januário
Composição Musical: Misfit Trauma Queen
Light Design: Carolina Caramelo
Figurinos: Jordann Santos
Apoio à Criação e Realização: Mercês Tomaz Gomes
Apoio à Produção: Micaela Ferreira
Agradecimentos: Nuno Baltazar, Erica Rodrigues, Eduardo Frazão
Apoio à residência: EIRA, ARTErra, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Companhia Olga Roriz, Pólo Cultural das Gaivotas
Apoios: Grumpy Panda, Caso dos Afetos - Grupo de intervenção cultural
Projeto apoiado pelo Ministério da Cultura ao abrigo do programa "Garantir Cultura"
Classificação etária: M/12
Duração: aprox. 60'