29 jan , 2016
SEX
residência artística Se alguma vez precisares da minha vida, vem e toma-a Victor Hugo Pontes a partir de A Gaivota, de Anton Tchékhov Ensaio aberto de espetáculo de dança criado em residência no Novo Ciclo ACERT apresenta
Classificação
Maiores de 16
Duração
105 minutos
Preço

Entrada gratuita

29 jan , 2016
SEX
Ensaio aberto de espetáculo de dança criado em residência no Novo Ciclo ACERT apresenta

residência artística

Classificação
Maiores de 16
Duração
105 minutos
Preço

Entrada gratuita

Calendarização

29 jan
sex
21:45
2016
  (Auditório 1)

Se alguma vez precisares da minha vida, vem e toma-a

Victor Hugo Pontes a partir de A Gaivota, de Anton Tchékhov

A Gaivota, de Anton Tchékhov, é o ponto de partida para a nova criação de dança de Victor Hugo Pontes. Não se trata de transpor o enredo para o movimento, nem sequer de posicionar as personagens numa linguagem artística distinta do teatro. A dança clássica serve-se de um libreto e este espetáculo de dança serve-se de uma peça. A estrutura dramatúrgica sustenta o movimento, mas a narrativa perderá linearidade, de modo a que o espectador veja aqui aquilo que quer ver num Tchékhov dançado. Depois de traçada a narrativa e de encontrados os agentes da ação (personagens, ligações, conflito, clímax, desenlace, etc.), a ideia é despojar a trama, de modo que se torne dançável e, em simultâneo, reconhecível, chegando-se a uma composição coreográfica que sobreviveu a hipotéticas linhas divergentes entre o teatro e a dança, ou entre texto e movimento sem palavras.

Um texto como ponto de partida é o desafio a que o coreógrafo se propõe. O texto de A Gaivota é, também ele, uma espécie de sucessivas tentativas de criação e de existência. De resto, a reflexão sobre o ato criativo é um dos pontos mais fortes desta peça de Tchékhov, e um dos que mais interessa a Victor Hugo Pontes.

Victor Hugo Pontes integrou a equipa criativa do espetáculo A Gaivota, com encenação de Nuno Cardoso, assim como das obras Platónov e As Três Irmãs, também de Tchékhov. O fascínio pelo autor levou-o a encenar Os Malefícios do Tabaco. Agora, o objetivo é criar dança a partir de uma das peças mais importantes da contemporaneidade, mesmo que se trate de um texto finissecular. Victor Hugo Pontes pretende, neste novo espetáculo, corporalizar esta ideia, trabalhando com bailarinos de diferentes gerações e formações, bailarinos com vidas diferentes, trabalhando diferentes linguagens com vista a alcançar uma nova linguagem, testando os limites da possibilidade da dança-dentro-da-dança a partir da sucessão e suspensão do tempo, e do modo como apenas durante o ato criativo é possível controlar estes dois movimentos.

Calendarização

29 jan
sex
21:45
2016
  (Auditório 1)

Ficha técnica e artística

Direção e Coreografia: Victor Hugo Pontes
Cenografia: F. Ribeiro
Desenho de Luz e Direção Técnica: Wilma Moutinho
Música Original: Rui Lima e Sérgio Martins
Apoio Dramatúrgico: Madalena Alfaia
Assistente de Coreografia: Marco da Silva Ferreira
Interpretação: Allan Falieri, Ángela Diaz Quintela, Daniela Cruz, Félix Lozano, Jorge Mota, Leonor Keil, Marco da Silva Ferreira, Valter Fernandes e Vera Santos
Bailarino Estagiário: Afonso Cunha
Direção de Produção: Joana Ventura
Produção Executiva: Jesse James
Coprodução: Nome Próprio, Centro Cultural de Belém, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Nacional São João e Teatro Viriato
Apoio Residência Artística: Novo Ciclo ACERT e O Espaço do Tempo