QUI teatro público escolar Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Gil Vicente para os alunos do 9º ano. Obrigatório ou prazenteiro pelo que representa?
Maiores de 12
60 minutos
3€
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teatro público escolar
Maiores de 12
60 minutos
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Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente
O tempo, no teatro, foge ao seu sentido arqueológico. O tempo que Gil vicente põe em marcha com o Auto da Barca do Inferno não pertence apenas ao século XVI, mas atravessa todas as épocas.
Acreditamos que ainda hoje aqueles dois juízes, aqueles “pescadores de almas”, Anjo e Diabo, estarão à nossa espera para nos apontar defeitos e virtudes, erros e boas ações.
Nesta encenação, procurámos realçar a diferença entre os papéis ativo e passivo do Diabo e do Anjo, conferindo ao primeiro a imagem de um andrógino mestre de cerimónias, pronto a receber na sua Barca uma variedade de convidados, e ao segundo a quietude de um ser que espera poucos visitantes, imperturbável como uma borboleta num casulo.
As personagens são apresentadas em trajes atuais, de forma a diminuir o distanciamento provocado pelo linguajar vicentino e a facilitar a identificação com o espetador. Os adereços de cada personagem farão parte de jogos cénicos que visam proporcionar uma melhor compreensão do sentido do texto. O exagero nas dimensões de alguns adereços, a deturpação da função que lhes é atribuída, tudo servirá para elucidar as intenções do autor e sublinhar as duas críticas sociais. O Parvo veste uma roupa demasiado grande, quase uma camisa de forças; o Onzeneiro carrega um bolsão gigante; a corda do Enforcado é do tamanho do palco.
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Ficha técnica e artística
Encenação: Tomé Vieira
Elenco: Ana Dionísio, Carolina Bettencourt, Jorge Sequeira, Luís Gomes, Miguel Curiel, Sofia Dias e Tomé Vieira
Sonoplastia e iluminação: João Gomes da Silva
Produção: Isabel Matos e Susana Sousa