2025
225
10 €
Todos os dias são dias de Abril
Autores: Alexandre Esgaio, Ana Biscaia, André Caetano, António Jorge Gonçalves, Claúdia Andrade, Daniel Silvestre, Delfim Ruas, Felisberto Figueiredo, Joana Mosi, João Luís Oliva, João Maio Pinto, João Maria André, José Feitor, José Rui Martins, Margarida Oliveira, Miguel Torres, Nuno Coimbra, Paula Coelho, Rodrigo Francisco, Rosário Pinheiro, Sara Figueiredo Costa, Susa Monteiro, Susana Carvalhinhos e Teresa Machado
Doze textos em diálogo com doze ilustrações, ou vice-versa, para celebrar os 50 anos do 25 de Abril com um objecto, este livro, acreditando que papel e tinta guardam as ideias, as inquietações e as perguntas de quem colaborou com este projecto e fazem dele coisa capaz de seguir em frente nos próximos anos. Celebrar Abril é um gesto permanente e este livro carrega consigo essa vontade de estender para o futuro a festa deste meio século de democracia em Portugal, esperando que os próximos anos, as próximas décadas, lhe dêem continuidade.
De 25 de Janeiro a 25 de Dezembro, todos os dias foram dias de Abril
Ao longo de 2024, a Associação Cultural e Recreativa de Tondela desafiou doze pessoas para escreverem sobre o 25 de Abril e publicou esses textos no seu site, ao ritmo de um por mês, fazendo do ano do aniversário da Revolução dos Cravos uma festa permanente. Responderam ao desafio pessoas muito diferentes, mulheres e homens que nasceram antes ou depois da revolução, gente com percursos e experiências diversas, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. O conjunto desses doze textos reflecte essa pluralidade que também é herança de Abril e que assim se expressa no espaço público.
Sabendo que a internet é essa virtualidade onde tudo se encontra, mas onde tudo se perde numa nuvem infinita, e acreditando que o papel impresso, que passa de mão em mão (até de geração em geração), continua a ser a melhor forma de partilhar ideias, a ACERT decidiu reunir esses textos e, agora, desafiar doze ilustradores a responderem com imagens às palavras. Desse encontro entre texto e imagem nasceu esta edição que têm nas mãos, bem como uma exposição, dois acontecimentos associados que encerram o projecto de comemoração dos 50 anos de liberdade da ACERT. Ainda assim, celebrar Abril é um projecto permanente e este livro carrega consigo essa vontade de estender para o futuro a festa deste meio século de democracia em Portugal, esperando que os próximos anos, as próximas décadas, lhe dêem continuidade.
Na vertente escrita, este livro reúne contribuições de gente que trabalha (e vive) em áreas como o teatro, a docência, os ofícios vários, a programação cultural, o jornalismo, as artes. Na ilustração, conseguimos reunir uma amostra plural do tanto que se faz em Portugal, com artistas que recorrem a técnicas, materiais e linguagens expressivas muito díspares, o que era, desde o início, uma vontade consciente. Juntando os dois meios, texto e ilustração, chegámos colectivamente a um livro que é uma espécie de Ágora, esse lugar onde a política – a da pólis, espaço e tempo partilhados e discutidos em conjunto – reflecte as partilhas, os pontos de vista, as discussões, as diferentes soluções que vamos encontrando para o modo como queremos viver. Plural, como se quer uma sociedade, e comprometido com algumas ideias centrais sem as quais as tiranias vão deixando as suas sementes, Todos os dias são dias de Abril tem a liberdade, a democracia e os direitos humanos como eixo, de pés fincados na herança de Abril, soltando depois as suas páginas para as tantas direcções de que se faz uma comunidade. Por aqui passam a política e a festa, a memória e o futuro, as dúvidas que trazem perguntas e debates e os princípios que têm de ser inabaláveis se quisermos continuar a celebrar o 25 de Abril. E queremos.
Sara Figueiredo Costa