A Lua É um Olho Preto

A partir de um dos Contos de Eva Luna, de Isabel Allende, o Trigo Limpo criou uma narrativa teatral que desafiava os espetadores a confrontarem-se com os seus preconceitos xenófobos, nomeadamente com a comunidade cigana. Sem se arvorar em panfleto, este texto reclama as muitas tradições ciganas, confirma a sua enorme importância na nossa identidade coletiva e desafia quem o lê (ou quem a ele assiste, quando levado à cena) a conhecê-las, reconhecendo-lhes os elementos universais e os fios que as unem às nossas vivências e memórias comuns. Que alguns acreditem na discriminação como modo de relacionamento só comprova a atualidade deste texto e a importância de a ele regressar, uma e outra vez, para aí nos descobrirmos – a todos – enquanto comunidade.

Sobre o espetáculo "A Lua É um Olho Preto"