Entrevista Zeca Medeiros
Zeca Medeiros, artista multifacetado, de volta à ACERT em novembro para nos dar música.
É conhecido pelo grande público graças à sua capacidade camaleónica de se dedicar a diversas atividades. Zeca Medeiros tem obras na televisão, no teatro, no cinema e na música, que o traz à ACERT de novo.
Em entrevista relembrou a história que tem com esta casa e o carinho que nutre em fazer parte desta caminhada.
Volta ao palco do Novo Ciclo em novembro para apresentar o seu último trabalho “A Dúvida Soberana”.
Conte-me um pouco da sua história com a ACERT, que nos remete aos anos 90.
É uma relação muito profunda e antiga e, ao mesmo tempo, muito atual. Já conhecia o José Rui Martins (diretor artístico ACERT) através do trabalho que ele fazia na Barraca, através da nossa amiga comum Maria do Céu Guerra, que nos conhecemos melhor.
Em 1993 realizou-se uma viagem ao Brasil, organizada pela ACERT, em que foram vários grupos de música e teatro, e também levei um trabalho que tinha feito em televisão. A partir daí criou-se uma grande cumplicidade e amizade.
E as colaborações com a ACERT?
Participei em vários trabalhos da ACERT, mas não me vou lembrar de todos [risos]. Fiz parte do “Labirinto” como narrador, do “Materna Doçura” como compositor... e também fiz uma pequena peça de teatro baseada num texto de Mia Couto, juntamente com o José Rui e o resto do grupo da ACERT. Participei, ainda, num disco do Trigo Limpo como intérprete.
São muitos anos e já não me lembro de tudo o que fizemos.
Como levou a equipa até aos Açores?
Fui o impulsionador dessa viagem, numa altura em que ainda tinha alguma influência, e penso que foi a primeira vez que a ACERT esteve nos Açores com a peça “À Roda da Noite”.
Nalguns trabalhos que fiz de televisão nos Açores, por exemplo sobre Antero de Quental, também contei com pessoas dessa equipa.
Recorda-se da última vez que atuou cá? Como é o público da ACERT?
De facto já há muito tempo que não vou aí. Nunca estive tanto tempo sem ir a Tondela... mas tenho ido com alguma regularidade com o meu concerto e acho que, de forma geral, a malta gosta de me ouvir. A única coisa que posso dizer é que me sinto em casa.
Espero que este ano consigamos mesmo fazer a visita aí. Tem sido muito enriquecedor para mim trabalhar com a ACERT e estar atento ao trabalho fantástico que têm feito.
Tanto do ponto de vista humano como artístico têm sido mesmo muito importantes estes anos todos de amizade e cumplicidade.