Sinopse
Espetáculo de teatro de rua comunitário com a Passarola como engenho cénico.
Do romance O Memorial do Convento, nesta história, fica em fundo a promessa do rei mandar construir um convento se a rainha engravidar. A história principal desta narrativa é o encontro improvável do padre Bartolomeu de Gusmão, Baltazar Sete-sóis e Blimunda Sete-luas. No centro, a construção, a montagem e a viagem da Passarola.
Em paralelo com a construção do convento de Mafra. E Blimunda, sozinha, depois de “recolher” a última vontade, a de Baltazar. Tudo isto durante o reinado de D. João V e a presença da Inquisição em Portugal.
Neste romance de José Saramago, o padre visionário acredita que a “máquina de andar no ar” que imaginou vai permitir que os homens voem. E que, para construir a sua Passarola, e para que ela possa cruzar os céus, precisa da força de Baltasar Sete-sóis e dos poderes de Blimunda Sete-luas, que consegue recolher as vontades humanas que, como éter, colocarão a Passarola acima da Terra.
Neste espetáculo, aproximamo-nos um pouco mais desse homem que ficou conhecido na história como o “padre voador”. Foi a partir da narrativa ficcional do livro de José Saramago que o Trigo Limpo teatro ACERT criou uma dramaturgia centrada nos momentos com maior capacidade de teatralização relativos à história da construção, viagem e final trágico da “máquina de andar no ar”.
Uma viagem pelo imaginário de um romance que cruza a megalomania e o egoísmo dos poderosos com a imaginação e a inventiva dos visionários e a força e o engenho da gente simples.
“Era uma vez um Rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez…”
em Memorial do Convento, 22ª ed., Lisboa, Editorial Caminho,1994
Espetáculo inserido na programação do Centenário de José Saramago (1922-2022)
Ficha artística e técnica
Texto – versão teatral livre a partir de “Memorial do Convento” de José Saramago
Dramaturgia – Pompeu José e Raquel Costa
Encenação – Pompeu José
Cenografia – Nico Nubiola, Pompeu José e Zé Tavares
Adereços – Marta Fernandes da Silva
Figurinos – Miss Suzie
Assistência de figurinos – Secundino Lima
Música – Gustavo Dinis
Músicos – Carlos Peninha, Filipe Matos, Gustavo Dinis, Miguel Cordeiro e Miguel Martins
Luz – Paulo Neto
Som – Luís Viega
Técnico – Ricardo Leão
Apoio técnico – Lucas Lourenço
Desenho gráfico – Zé Tavares
Produção – Marta Costa
Fotografia – Carlos Teles
Interpretação – Afonso Cortez, Daniela Madanelo, Fábio Noronha Vaz, Ilda Teixeira, Inês Nunes, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Roger Bento, Sandra Santos e todos os participantes da oficina desta apresentação.
Engenharia Mecânica - Ângela Neves e José Salgueiro Marques - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial do Instituto Politécnico de Viseu – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu
Construção – Araufer, Tondeltorno, Carmosserra, João Arede e Tó Viana
Um agradecimento especial a todos os que ajudaram a construir este espetáculo.