Cadernos de Teatro/ACERT - “Augaciar” e “Cadeiras”

Os Cadernos de Teatro ACERT representam o que se poderia chamar a memória em estado de espera, por constituir a memória viva de um percurso de mais de 40 anos que teve, e tem, como principal característica uma dramaturgia em movimento: mais do que selecionar peças de teatro num repertório de teatro português ou estrangeiro, clássico ou de vanguarda, o Trigo Limpo teatro ACERT procurou construir de forma criativa os seus espetáculos, ora entretecendo textos de diversas proveniências, ora transformando cumplicidades com autores em dispositivos de criação dramática original. Dar agora forma de livro e letra impressa a esse percurso é reacender a memória quente e sentida do que foram estes anos de invenção da escrita nas tábuas do palco.

Mas Cadernos de Teatro ACERT não é apenas uma memória: é, sobretudo, uma memória em estado de espera. Estes textos, publicados em forma de livro e lançados durante as edições do FINTA, tornam-se agora acessíveis a todos os leitores que os queiram encontrar e tornam-se igualmente disponíveis para grupos, companhias e associações que lhes queiram dar a oportunidade de novos partos, que o mesmo é
dizer, a aventura de novas encenações num tempo muito diferente do que o que os viu nascer.

A coleção dos Cadernos de Teatro ACERT conta já com a edição de nove textos: “Silka”, “À roda da noite”, “A partir do preto”, “Contos volantes”, “De faca e alguidar”, “A lua é um olho preto”, Faldum, “O adormecer da razão” e “Qu’ilhados”. No FINTA deste ano serão lançados “Augaciar”, um texto de Carlos Santiago e José Rui Martins, centrado numa ficção apocalíptica do final do Mundo que estreou a 26 de junho de 1999, e “Cadeiras”, dramaturgia de Pompeu José a partir da obra de António Lobo Antunes, com estreia a 6 de outubro de 2000.