27 set
SÁB
16:00
conversas ACERT Um olhar no feminino sobre o futuro da cerâmica Conversas sobre Cerâmica integradas no projeto “Memória do Barro”
Classificação
Maiores de 6
Preço

Entrada Gratuita

27 set
SÁB
16:00

conversas ACERT

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Maiores de 6
Preço

Entrada Gratuita

Calendarização

27 set
sáb
16:00
2025
Tondela  (Auditório 2)

Um olhar no feminino sobre o futuro da cerâmica

Conversas sobre Cerâmica integradas no projeto “Memória do Barro”

“Um olhar no feminino sobre o futuro da cerâmica” é uma conversa relativamente informal com Céu Pedrosa, Inês Salgado e Tânia Ló, com moderação de Sara Figueiredo Costa.

Três mulheres ceramistas/oleiras, de diferentes gerações e percursos de vida distintos, partilharão as suas vivências, experiências e a forma como olham para o futuro desta arte/profissão.

Esta conversa integra as atividades paralelas do projeto de criação artística “Memória do Barro”, um trabalho em torno do barro e das mulheres, inspirado na louça preta característica do território onde estamos inseridos.

Molelos, no concelho de Tondela, é um dos poucos locais onde a cerâmica preta continua a existir e que foi capaz de se reinventar ao longo dos tempos, tendo passado a integrar, desde março de 2025, o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

O espetáculo “Memória do Barro”, do Trigo Limpo teatro ACERT, que estreará no dia 5 de dezembro, pretende ser uma reflexão poética sobre as mulheres no universo da olaria/cerâmica — ontem, hoje e amanhã.

Calendarização

27 set
sáb
16:00
2025
Tondela  (Auditório 2)

Biografias

Céu Pedrosa

Mestre oleira da Bajouca, descobriu a paixão pelo barro ainda em criança, no seio de uma família onde a olaria fazia parte do dia a dia. Cresceu rodeada por esta arte e, desde cedo, percebeu que moldar o barro era mais do que um ofício — era uma forma de se expressar, de contar histórias e de preservar as memórias da sua terra.

Ao longo dos anos, foi desenvolvendo um saber-fazer próprio, marcado pela dedicação, pela precisão técnica e por uma profunda ligação emocional àquilo que cria: “Cada peça que sai das minhas mãos transporta a alma da Bajouca, refletindo a tradição, os valores e o quotidiano das nossas gentes. Através do barro, uno passado e presente num gesto contínuo de respeito e valorização cultural.” Mais do que produzir cerâmica, vê o seu trabalho como uma missão: manter viva uma herança coletiva, inspirar novas gerações e mostrar ao mundo a riqueza da olaria tradicional portuguesa. É com orgulho que continua a dar forma à identidade da sua terra, contribuindo ativamente para que a arte oleira da Bajouca não se perca — mas ganhe novo fôlego e reconhecimento.

 

Inês Salgado

Inês Diana Salgado inicia a sua formação em cerâmica em 1985, na Escola Secundária e Artística de António Arroio, onde frequenta o Curso de Arte e Design Cerâmico, seguido de uma especialização em Olaria no CENCAL, em 1990.

Em 1994 abre o seu primeiro atelier, onde começa a produzir peças para vender em diversas lojas e feiras de artesanato nacionais e internacionais.

Ao longo dos anos, investe muito tempo na sua formação profissional, frequentando cursos e workshops que lhe permitem ganhar competências num vasto leque de técnicas cerâmicas que integra posteriormente no seu trabalho enquanto ceramista e formadora.
Assim, e desde 1989, é responsável por dezenas de ações de formação, em diversas instituições das quais se destacam o Cencal, o Cearte, e a Escola António Arroio. Há 10 anos, reformula o projeto do seu atelier e nasce a Olaria Lisboa. Um espaço que é agora maioritariamente dedicado ao ensino de várias técnicas cerâmicas, e especializado no ensino da Olaria. Neste momento, é onde passa a maior parte do seu tempo, mas ainda colabora pontualmente em outros projetos e ações de formação.


 

Tânia Ló

Tânia Ló Ferreira, cresceu em Vila Real e actualmente dedica-se à Olaria/ Cerâmica, com foco na olaria negra de Bisalhães. 

Formação inicial em Design e Marketing de Moda,pela Universidade do Minho, o que permitiu a exploração de várias áreas desde o têxtil (tecelagem e bordados) , à ilustração ( criação de padrões) e finalmente a Olaria. 

Em 2023, concluiu o Curso Técnico em Olaria, centrado na olaria negra, com o intuito de reavivar e reinventar esta arte ancestral. Desde então, explora a olaria tradicional de Bisalhães sob uma nova perspectiva, combinando formas contemporâneas e materiais diversos, numa fusão entre tradição e inovação.

 

Sara Figueiredo Costa

Estudou Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e linguística na Universidade Nova de Lisboa. Escreve na imprensa desde 2002, primeiro como crítica literária, depois também como jornalista. Actualmente, escreve para o Expresso e a revista digital Blimunda . Edita o suplemento literário Parágrafo, do jornal Ponto Final, de Macau, onde passa algumas temporadas. Tem colaboração dispersa noutras publicações. 

Publicou alguns livros, entre eles Tondela – Caderno de Viagens (Afrontamento/CMT) e Ignição/Recomeço (ACERT), uma reportagem desenhada sobre a Lajeosa do Dão e o impacto dos incêndios de 2017, ambos em co-autoria com o ilustrador Zé Tavares.

Mensalmente, dá voz e estrutura editorial ao podcast Rádio Relâmpago, da Associação Desportiva e Recreativa “O Relâmpago”. Vai fazendo outras coisas, dentro e fora do jornalismo, de curadoria de exposições a livros, passando pelas aulas que de vez em quando lecciona ou por leituras comunitárias.