O caminho para “Terminal (O Estado do Mundo)”

Terminal (O Estado do Mundo) é um espectáculo com estreia em 2024, que corresponde à segunda parte de um díptico iniciado em 2021, com o espectáculo O Estado do Mundo (Quando Acordas).

O caminho para "Terminal (O Estado do Mundo)" consiste numa extensa pesquisa no território ao longo do ano de 2023, sobre as dimensões da geopolítica, da economia, da sociologia ou da demografia, sob a perspectiva de como a crise climática afecta a nossa compreensão do mundo, que se tem mantido relativamente estável ao longo dos últimos 50 anos.

A vantagem das crises globais é criarem uma base comum. Ninguém fica de fora. Durante o naufrágio da
humanidade, haverá certamente os náufragos de primeira e de segunda classe, mas estaremos todos ligados - pelo menos, através do medo. Não deveríamos começar, desde já, a tentar encontrar os nossos pontos de
contacto?

Queremos trabalhar em territórios de naturezas contrastantes, que ponham em evidência, simultaneamente,
as ligações globais. Como um mapa que cria novas rotas entre diferentes geografias e centralidades e que une ambientes cosmopolitas aos rurais, ou vidas intensas ao esvaziamento de aldeias esquecidas.
Será que existe uma mesa à volta da qual possamos discutir em conjunto o estado do mundo – aquele com que sonhamos? Imaginamos que todos os lugares do mundo têm um gémeo, uma gémea, que existe de verdade, para lá de qualquer discurso político ou de conveniência. É preciso apenas descobri-los. Chegaríamos, assim, a uma árvore genealógica que poderia mostrar-nos que, no fim de contas, somos uma família disfuncional, mas ainda assim uma família, com laços e ligações.

Explorando diferentes tipos de formatos - peças de teatro de pequeno porte para espaços públicos, a ocupação de uma emissão radiofónica, um filme documental e ainda um estudo sociológico -, queremos expor o que nos une neste frágil momento em que tudo parece estar em jogo. Estes objectos farão parte d’o caminho para "Terminal (O Estado do Mundo)", um extenso processo de pesquisa que se irá reflectir na criação deste espectáculo, em 2024.

Concepção e direcção do projecto: Inês Barahona e Miguel Fragata
Assistente de encenação e mediação: Beatriz Brito
Produção executiva: Luna Rebelo e Sofia Bernardo
Comunicação: Maria Salgado e Rita Tomás (consultoria)
Produção: Formiga Atómica

Co-produção: Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Centro Cultural do Cartaxo, Cine-Teatro
São Pedro de Alcanena, Comédias do Minho, Companhia Mascarenhas-Martins, Lavrar o Mar, Município
de Mértola, Município de Setúbal, Teatro Municipal de Ourém, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro
Nacional São João, Teatro Virgínia, Teatro Viriato, Trigo Limpo teatro ACERT, Théâtre du Point du Jour.

A Formiga Atómica é uma estrutura apoiada pelo Ministério da Cultura | Direcção-Geral das Artes.

A Formiga Atómica é uma companhia de teatro fundada e dirigida por Miguel Fragata e Inês Barahona, que
tem procurado abordar as questões relevantes do nosso quotidiano em espectáculos, oficinas e investigações
destinadas a todo o público.